quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Nota da Escritora


N/A: Meus amores, essa vai para você que leu “Lembranças de Amor” e gostou.



Dia 26/08, essa fanfic completou 2 aninhos de existência. (Festaaaaa uhu! \õ/)
Após ler relatos de leitores que conheceram minhas fanfics através dessa, senti que precisava de alguma maneira comemorar. Foi por causa dessa estória que senti vontade de escrever as outras, foi pelo sucesso de “Lembranças de Amor” que eu senti que precisava continuar de alguma forma.

Para comemorar, estou escrevendo a primeira temporada e postando no tumblr, mas de uma forma diferente. A história está sendo narrada por Luciana e Victor (Personagens principais da história). Espero que gostem.

Para quem se interessou e quer ler, acesse o link: http://lembrancas-d-amor.tumblr.com/

E se divirta mais uma vez lendo essa história.

Obrigada a todos desde já. Beijo.


Tamy Lins     

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Cap. 75 - Parte 2






   Aquele mês passou rápido e após prometer para si mesma, Luciana conseguiu uma folga e enfim foi visitar o pai. Sua promessa era outra. O carro foi se aproximando, Victor desligou o motor.

_Se quiser eu desço com você.
_Não. Fica aí, estou bem.

   Desceu acompanhada de Gabriela e Mariana, cada uma segurando uma mão. Curiosas, perguntavam sobre cada detalhe ali. A filha mais velha já havia entrado naquele cemitério, mas na época era muito nova. Será que Luciana estava preparada para enfrentar isso? Sua respiração ficou ofegante, sentiu um nó na garganta. Parou de frente para a lápide, se ajoelhando e colocando uma flor. As crianças já não estavam ali, corriam por perto, deixando Luciana sozinha para poder desabafar:

_Faz tanto tempo que vim aqui. Tanta coisa aconteceu e ainda acho que vai acontecer. – Sentiu as lagrimas caírem – Ainda sinto sua falta em cada detalhe da minha vida. Nas conquistas, nas tristezas, nas alegrias... Estou mais tranquila e conformada por saber que o Papai fez a vida, que está feliz, mas nada se compara a felicidade que vocês dois compartilhavam. E em pensar que eu cheguei a te imaginar vendo as crianças crescerem. – Baixou o rosto – Você faz muita falta aqui. Te amo e sei que é pra sempre.

   Ouviu passos atrás de si, virou-se rapidamente. Correu até Victor, o abraçando e afundando o rosto em seu peito, entregando de vez ao choro alto que lhe deixou engasgada minutos atrás.

_Calma... Estou aqui Lu.

   Permaneceram bom tempo ali. Voltaram para casa de Lucas apenas para se despedir. Na saída, ainda aproveitou para conversar com Joyce.

_Vocês deviam passar uns dias por lá.
_Estamos vendo isso, Lucy. Principalmente agora que enfim vamos conseguir adotar e ter o nosso tão sonhado filho.
_Jura? Ai que felicidade. Já tem data certa?
_Ainda não, mas já ficamos sabendo que será logo.

    Victor e Lucas se aproximaram das duas. Luciana olhou para o pai, eles precisavam conversar. Joyce e Victor saíram com a desculpa que iriam colocar as crianças no carro.

_É minha Lucy... O tempo passou e agora somos somente nós. Admirei sua atitude de vir visitar sua mãe.
_Sabe Pai. Quero vir mais vezes. Lá é uma paz.
– Baixou o rosto – Desculpa estar falando assim...
_Imagina minha filha. Nós sabemos o quanto amei e ainda amo sua mãe.
_Mas e a Joy?
_Ela sabe que tenho um carinho imenso por ela. Talvez uma paixão, mas amor mesmo... Só Geovana conseguiu obter isso de mim.
– Seus olhos marejaram – Mas a vida segue né?
_Tenho certeza que ela está feliz onde quer que esteja.
– Limpou o rosto. – Tenho que ir.
_Boa viagem minha querida
– Abraçou-a – Vou marcar para ir lá em Uberlândia te fazer uma visita.
_Vou esperar.
 
    Após as despedidas, entraram no carro e foram ao aeroporto. Pegaram o jatinho de volta a Uberlândia.

_Está mais tranquila? – Perguntou durante o vôo
_Acho que sim. Estou em paz.

   O dia foi proveitoso, e quando a noite chegou, antes de dormir, Luciana foi até o quarto de Gabriela e Mariana, beijando cada uma. Victor ainda ficou contando histórias para as pequenas dormirem. Deitou-se na cama, estava em paz, tranquila. Sentiu Victor deitar do seu lado e apagar o abajur, logo adormeceu.

   Abriu os olhos, aquela madrugada estava estranha. Levantou-se para ver se estava tudo bem no quarto das filhas, mais uma vez beijou-as e desceu até a cozinha. Enquanto bebia água ouviu uma musica, foi seguindo-a, percebendo que era na sala de Victor. Abriu a porta e o ambiente todo estava branco, os móveis, sofá. Clair de Lune tocava ali naquele studio. Sentiu um arrepio... Sentiu a presença de Geovana.

_Mãe? – Olhou ao redor.

   Abandonou o studio e subiu rapidamente, entrou no quarto de Gabriela, a filha estava dormindo, assim que entrou no de Mariana ouviu passos na escada. Correu até ela, queria chorar, gritar, clamar pela mãe, mas tudo o que estava fazendo era ficar inerte enquanto via Geovana descendo e indo até a porta. Desceu rapidamente e criou forças dentro de si.

_Mãe?

  Geovana virou o rosto, estava visivelmente bonita, radiante, sorridente.

_Acho que já cumpri tudo o que vim fazer aqui.
_Mãe... – Sua voz saiu embargada – Fica!
_Não posso minha pequena... Estou feliz por todos vocês e assim posso seguir meu caminho em paz.

   Aproximou-se de Luciana que fechou os olhos para conter o choro. Sentiu os lábios da mãe na sua testa, beijando-a delicadamente.

_Também te amo, Luciana.

  Sentiu um vento e ao abrir os olhos não viu mais Geovana ali.

_Mãe... – Sussurrou.

   Entregou-se ao choro de vez. Aquilo fora uma despedida que não teve? Foi real?... Sentiu Victor lhe chacoalhar, tentando acordá-la.

_Lu... Acorda.

   Abriu os olhos e percebeu que aquilo tudo foi um sonho. Pulou da cama e foi correndo até os quartos, desceu as escadas ligando as luzes, procurando vestígios da mãe.

_Luciana, está tudo bem?
_Ela... Eu vi, Victor.
_Tá, você deve ter sonhado.

   Segurou-lhe a mão, levando-a até a cozinha enquanto colocava um copo com água.

_Bebe.

   Luciana ainda chorava, estava emocionada.

_Calma meu amor, foi só um pesadelo...
_Não Victor... Aquilo foi longe de ser um pesadelo. Foi um sonho, foi real... Ela veio aqui.

   Não conseguiu falar mais nada, chorava copiosamente. Victor não entenderia se lhe contasse o sonho, era algo que somente ela sentiu. O beijo que sua mãe dera foi tão intenso, que ainda estava sentindo. Voltou para o quarto, deitou-se e na escuridão ficou pensando. Guardaria aquilo eternamente para si. Virou-se de lado, encarando Victor:

_Eu te amo.

   Sentiu as mãos dele em seu rosto.

_Eu também te amo, Luciana. Sempre vou te amar.

   Aquela paz interior que sentiu naquela manhã, estava mais forte. Estava fortalecida e feliz. Amava e era correspondida. Tinha uma família linda, um esposo perfeito, duas filhas lindas e encantadoras. Não precisava pedir mais nada para Deus, só agradecer.

  Ela não sabia, mas no futuro iria sentir outra emoção, algo bom iria acontecer na vida daquele casal.

 E em pensar que tudo começou em uma simples amizade...

           Fim  


 
  "Você sempre vai ser meu. Meu melhor motivo para continuar lutando, meu anjo protetor, meu compositor favorito, meu sorriso mais bonito, meu presente, passado e futuro. Meu consolo nos momentos de tristeza, meu pensamento doce no fim da noite, meu pedido constante ao apagar velas, ver estrelas cadentes e horas iguais. Meu amor, meu querer, meu ser, meu estar… meu ídolo.”

                          (Autor Desconhecido)

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Nota da Escritora...

   Meus amores, é com a sensação de dever cumprido que venho agradecer a cada uma leitora. Algumas são novas por aqui, outras, já me acompanham desde a primeira temporada. O carinho que recebi de vocês através de Facebook, Instagram, entre outras redes sociais, me deram aquela injeção de ânimo que sempre busco para seguir adiante. Confesso que não conseguiria finalizar essa fanfic sem a opinião de cada uma, acreditem, fez uma diferença e muito grande na história. Com vocês entrei na magia da leitura, dei altas risadas com os comentários, chorei de emoção ao ler elogios, me assustei ao ver algumas pontinhas de críticas e dúvidas. Somos uma equipe, não sou nada sem vocês.

Não esquecendo jamais das minhas amigas, a Nai Copque mais uma vez – Que com tanta paciência lia os rascunhos que mandava (Risos). Ana Julia, Fernanda Gabriele, Fernanda Santos, Giselle Maciel, Letícia Alves, Lídia Pontes (Aguardo sua Fanfic ansiosamente *_*), Ludnila Hanke, Luciane Rodrigues, Rafaela Vieira, Renata Melo, Regiane Soares, Tham Rodrigues, Tatiane Gomes (Esperando você atualizar a sua Fanfic #FaçoPassarVergonhaEmPublicoMsm KKK), Sara Ollyver (Não é a personagem, ela é uma ótima pessoa), Patrícia dos Santos, Monalisa Dias... Entre outras. Obrigada pelo carinho, pelas mensagens, por tudo! Moram no meu

E se pensam que acabou... Enganaram-se! (Risos)
Já estou com uma nova fanfic, espero que gostem.





Destinos Traçados

Sinopse: O que fazer quando a pessoa que amamos nos pede ajuda? E se essa pessoa fosse seu ídolo, iria ajudá-lo? Talvez seja um caminho muito perigoso a seguir, mas Priscila encarou a missão e quebrou o medo que lhe afligia, só não sabia o quão doloroso seria descobrir os defeitos que ele, assim como todo ser humano, tem.
Será que vai ser correspondida no amor? Só o tempo dirá... Quem sabe o destino esteja a seu favor...






***

Para quem ainda não sabe ou não leu, já tenho uma outra Fanfic que postei ainda esse ano. Interessou-se? Quer ler? Segue aí o link.

Amor à primeira vista:http://vel-amor-a-primeira-vista.blogspot.com.br/


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Nota sobre a continuação da Fic "Lembranças de Amor": http://fanfic-lembrancas-de-amor.blogspot.com.br/2015/09/nota-da-escritora.html

 

Cap. 75 - Parte 1






   Luciana passou pelo quarto a procura de Victor, lá estava ele no closet, tentando dar um nó na gravata.

_Você como sempre. – Se aproximou dele – Deixa que eu te ajudo.

   Ficou de frente para Victor, concentrada naquele nó, mas sentindo a respiração dele falha.

_Está nervoso por causa de um casamento que nem é seu.
_Não é isso. – Deu uma pausa – Sabe, a Paula pra mim sempre foi a irmã caçula. É estranho saber que agora se tornou uma linda mulher e que vai casar.
_Deixa esse nervosismo para quando forem nossas pequenas.
_Vira essa boca pra lá. Vai durar uma eternidade pra isso acontecer.

   Luciana finalizou o nó, ainda passou as mãos no terno que ele usava, ajeitando-o.

_É... Do jeito que tudo está passando rápido, daqui uns dias veremos a Gabi ou a Mari entrando aqui em casa, de mãos dadas com algum rapaz, nos apresentando como namorado.
_Nem pensa nisso, Luciana. – Ficou sério – Melhor encerrarmos esse assunto.
_Tá bem. – O abraçou – Está lindo e elegante. Agora vai tomar conta das nossas pequenas enquanto eu finalizo a maquiagem e me troco.
_Não se atrasa.
_Ok.

   Victor saiu do closet, mas logo voltou, abraçou-a por trás, sussurrando no ouvido:

_Te amo.

   Sentia-se amada, sabia que o sentindo era recíproco. Suspirou enquanto dava os últimos ajustes na maquiagem. Trocou-se, procurou suas jóias e enquanto as colocava diante do espelho, olhou para sua bolsa de trabalho. Ali estava toda a resposta para seu futuro, depois da conversa com Victor prometeu que deixaria as coisas acontecerem naturalmente, mas como toda mulher, a ansiedade tomava conta de si. Rapidamente abriu a bolsa e viu o exame fechado, queria abri-lo, mas precisava de coragem. Ouviu Victor chamando-a e logo o jogou de volta dentro da bolsa.

_Pensei que ainda estava procurando o vestid... – Parou na porta com um brilho nos olhos – Está linda demais.
_Ah – baixou a cabeça – São seus olhos.
_Não – foi até ela em passos lentos, abraçando-a – Você é linda, minha Senhora Chaves. Agora vamos.

   Durante o trajeto Luciana ficou pensativa, olhando para a paisagem através da janela. Gabriela e Mariana falavam, cantavam e Victor as ajudava na bagunça. Olhou para eles e pode ver o quão perfeita sua família era.

   Assim que chegaram a Igreja foram recepcionados por Tatianna e Leo. Já foram entrando. Victor olhava para o noivo ali, nervoso, lembrou do seu casamento, sorriu com a lembrança. Paula estava linda, com os olhos rasos, emocionada, Victor estava ali, observando cada passo da irmã, emocionado e enxugando algumas lagrimas fujona. A cerimônia não podia ter sido melhor, estava tudo lindo. Luciana olhou ao redor e lembrou-se do seu casamento, parecia uma eternidade desde que isso aconteceu. Viveu tantas coisas, sorriu, chorou, mas se pudesse, não mexeria em nada no seu passado.

   Após a cerimônia todos foram para o salão. Sentaram em uma mesa, as crianças corriam alegres. Victor aproximou-se dela, tocando-lhe na coxa mais próxima:

_Lembrei do nosso casamento.
_Parece que foi uma eternidade. – Sorriu o olhando – Meu vestido não queria fechar.
_E eu me casaria mesmo com você sem vestido.
_Juro que sempre me pergunto por que tudo na minha vida não é normal. As horas que passei esperando aquele maldito vestido para poder enfim ir até a igreja, não quero mais lembrar.

   Voltaram a prestar atenção ao assunto que era pautado na mesa. Victor e Leo foram conversar com alguns amigos ali presentes. Agora toda as atenções eram para Tatianna, tudo era relacionado a gestação, deixando assim Luciana um pouco incomodada. Pediu licença e foi para a área externa, buscando um pouco de ar. A ansiedade tomava conta de si, não queria pensar mais no assunto, não queria ficar triste caso tudo viesse a dar errado...

_Fugiu do nosso papo.

  Luciana virou-se rapidamente, Carol aproximou mais.

_Estava buscando um pouco de ar, lá dentro tá quente.
_Sei. – Olhou rapidamente para a amiga – Nesses longos anos de amizade, consigo decifrar cada enigma seu Lucy. Está triste ou é impressão minha?
_Eu triste? Por quê? Não tenho motivos, estou tão feliz. Principalmente agora que vejo a Paula tão linda e radiante.

   Permaneceram em silencio mais um tempo. Carol suspirou.

_Confesso que assunto de gravidez me broxa. – riram alto – Sei que a Tati está feliz, mas se o Igor ouvir esse assunto vai me infernizar querendo encomendar mais um.
_Graças a Deus o Victor desencanou.
_Estamos parecendo duas velhas fofoqueiras. Vamos voltar?
_Sim.

   Entre risos voltaram ao salão na hora certa. Os noivos estavam dançando a valsa, após isso, outros casais entraram na pista de dança para apreciar aquele momento mágico. Luciana sentiu alguém lhe abraçar por trás.

_Me concede essa dança?
_Faz tempo que eu dancei. Não quero pagar mico, Vih.
_Sem medo. Venha.

   Puxou-a para o meio do salão. Victor lhe guiava, Luciana fechou os olhos enquanto inalava o perfume vindo dele. Encostou a cabeça no peito dele.

_Está tudo tão lindo, não acha?
_Não. No nosso casamento foi mais.
_Para de recalque, Victor. – Ergueu o rosto para encará-lo.
_Sabe, lembrei da nossa noite de núpcias.
_Na fazenda... Como esquecer?

   Em silencio, continuaram dançando, pareciam dois jovens, o corpo de ambos se tocavam levemente e a chama da paixão se acendia.

_Quando chegarmos em casa vou ter algo de especial?
_Tipo?
_Ah, podemos relembrar a nossa noite de núpcias...
_Tarado.
_Vai dizer que não gosta?
_Não vou responder.

   A musica acabou e o DJ colocou outras animadas, Luciana e Victor entraram no embalo, se divertiram. Leo o chamou para irem ao palco, iriam tocar algumas musicas a pedido da irmã.

_Fica aqui?
_Sim. Quero ver você brilhar lá em cima.
_É assim que gosto – beijou-a rapidamente – Minha fã numero um.

   Todos se aproximaram para ver Victor e Leo dar um show a parte. Os olhares eram trocados com tanta emoção, talvez revelando o que viria depois. Luciana olhou ao redor do salão e não achou as filhas, saiu procurando-as, estavam na mesa ao lado da Tatianna. Aproximou-se e viu que as duas estavam cansadas.

_Mamãe, quero dormir. – Gabriela choramingou
_Espera, o papai vai voltar e vamos pra casa tá? – Sentou ao lado de Tatianna – Pensei que iria te ver ali no salão.
_Eu até queria ir, mas meus pés estão doendo.
_Segura que ainda faltam alguns meses para isso acabar.

   Continuaram conversando ali. Após a apresentação, Victor desceu e foi até a mesa.

_Percebo que estamos indo mal. As nossas esposas não querem ver o show, melhor nos aposentarmos – Sentou-se ao lado de Luciana.
_Fui procurar as crianças que por sinal estão com sono. Importa-se de irmos agora para casa?
_Não. De jeito nenhum.
_Vamos nos despedir de todos.

   Falaram com todos os amigos. Entre despedidas, Paula chamou Luciana à parte, estava um pouco risonha, talvez pelo teor alcoólico que consumira.

_Luciana, estou muito feliz que veio.
_Ah, achou mesmo que eu iria perder Paula?

   Sorriram. Um silêncio incômodo estava ali. Paula suspirou e voltou a falar:

_Queria te pedir desculpas.
_O que você fez?
_Ainda sobre o acidente que causei... Quase que a Gabi...
– Baixou a cabeça.

    Luciana tocou-lhe o ombro:

_Esquece isso, Paula. Nem lembrava mais. O que importa é que ela está com muita saúde e você também.
_Obrigada
– Abraçou-a – Te amo muito viu.
_Eu também te amo, Paula. Divirta-se e aproveite cada momento dessa sua nova fase.

   Abraçou mais uma vez a cunhada e foi até onde o esposo estava. Victor colocou Gabriela no braço e logo sentiu que ela adormeceu. Luciana segurou na mão de Mariana e foram para o carro. A volta para casa foi silenciosa, olhou para o banco de trás, as duas estavam em um sono profundo. Respirou fundo tocando na coxa mais próxima de Victor.

_Desculpa.
_Por? – Olhou rapidamente para ela.
_Ah, sairmos assim da festa. Todos estavam animados, acho que a festa vai durar mais.
_Confesso que também estava cansado. Acho que já somos dois velhos.
_Você que é. – Sorriu – Estou me sentindo bem mais jovem.
_Mentira. Está muito fraca, te procuro na cama e só aguenta fazer amor uma vez só na noite.
_Assim não vale, Vih. Chego cansada do trabalho.
_Sei. – Respondeu incrédulo.

   Enquanto Luciana colocava as filhas para dormir, Victor foi ao quarto, tirou a roupa e ficou esperando-a. Assim que entrou sorriu ao vê-lo só de cueca.

_Porque você me provoca hein?
_Combinamos que reviveríamos a nossa noite de núpcias, ou está esquecida?

   Luciana tirou os sapatos, jogando-os longe. Aproximou-se da beira da cama onde Victor estava sentado. Fechou os olhos ao sentir as mãos passando pelo seu vestido, indo mais além, erguendo-o, revelando seu corpo e sua lingerie.

_Cada dia mais gostosa...

   Victor beijou a barriga de Luciana, mordeu de leve. Ergueu o olhar, observando ela retirar aquele vestido. Levantou-se, os rostos se aproximaram, ela podia sentir os lábios dele roçando aos seus. Uma excitação tomou seu corpo e iniciou aquele beijo voraz, sentindo o gosto dele, as línguas se encontrando, as mãos apalpando cada parte do corpo do próximo. Luciana estava levemente tonta, o mundo parecia dar voltas em milésimos de segundo enquanto apreciava aquele momento. Foi ao céu quando sentiu as mãos dele na sua nuca, puxando-lhe os cabelos daquela região e aprofundando mais aquele beijo. Já estava praticamente sem ar quando as bocas se desgrudaram.

_Eu preciso de você, Luciana. Todos os dias da minha vida...

   Luciana guiou-o cegamente até a beira da cama, jogando-o na cama, deitando sobre ele. O beijo mais uma vez fora forte, intenso. Seu corpo buscava o dele, roçava o deixando louco em baixo de si. Victor segurou a cintura dela, puxando-a para baixo, aquelas peças intimas o incomodava de ir mais adiante, mas nada que impedisse de sentirem a excitação que os corpos emanavam. Ela procurava encaixar mais seu corpo ao dele, gemendo com os lábios próximos. Sua mão desceu pelo corpo de Victor até chegar à barra da boxer, colocou-a dentro e explorou aquela região com carinhos intensos, observando cada traço no rosto dele. Desceu os lábios para beijar e deixar um rastro no corpo, mordeu a parte interior das coxas, recebendo como resposta um riso em meio ao gemido, sua boca foi em direção onde a mão estava, abaixando um pouco a cueca e acarinhando-o.
  Não demorou muito para Victor inverter as posições, acomodando-a no travesseiro:

_Agora é minha vez de torturar...

   Os lábios desceram até os seios que ainda estavam cobertos pelo sutiã. Mordendo de leve, sentindo Luciana arquear as costas de tamanho prazer. Voltou a beijar os lábios dela enquanto acariciava-a ainda por cima da calcinha.

_Está me deixando louca... Tem que ser agora, Victor.
_Está com tanta pressa assim?

   Devagar, retirou a peça enquanto olhava as expressões no rosto dela.

_Você tem um jeito que me enlouquece, Luciana.

   Olhando profundamente nos olho dela, amou-a, investindo devagar, apreciando e guardando cada momento em sua mente. Suas mãos entrelaçaram as dela, apertando-as cada vez que se sentia por completo, formando um só corpo. Luciana virou o rosto procurando o ar que lhe faltava enquanto sentia o prazer chegar, foi ao delírio quando sentiu os lábios de Victor sugar seu pescoço enquanto descia uma das mãos para sua coxa, apertando-a, logo em seguida aproximou do seu ouvido e sussurrou coisas que a excitava cada vez mais. Aumentou os gemidos quando atingiu o ápice, ficando mole e agora o ajudando a finalizar. Como era prazeroso o ouvir chamando seu nome no momento do ápice, sua voz saiu rouca e dolorosa. Olharam-se, estavam suados, porém, felizes e buscando a sanidade mental.

_Como te amo, Luciana.
_Também te amo. – Passou as mãos no cabelo dele.

   O silêncio não era incomodo, estavam apenas se recompondo, se acariciando em silencio.

_Vem, ainda não terminei.

   Levou-a nos braços para o banheiro e ali se entregaram mais uma vez ao amor. Foram ao closet, Victor se trocou e voltou para cama, mas Luciana estava ali, encarando aquele exame. Respirou fundo e criou forças para abri-lo, estava trêmula quando viu o resultado. As lagrimas vieram involuntariamente, enxugou-as enquanto colocava o exame de volta a bolsa. Colocou a camisola e foi até a cama, deitou-se de costas para Victor, mas ele envolveu-a, abraçando por trás.

_Pensei que iria dormir com a cabeça em meu peito.
_Não. Estou cansada. – Limpou as lágrimas mais uma vez.
_O que houve? – Ligou o abajur e sentou-se na cama esperando-a fazer o mesmo.
_Nada Vih, vai dormir.
_Vem cá...

   Puxou-a para sentar, colocando-a em seu colo. Luciana aconchegou o rosto no peito dele, enquanto sentia os carinhos, chorou timidamente.

_Acho que estou emotiva por besteira.
_Não pode ficar assim, Lu.
_Sei lá, estou boba, com vontade de chorar. Acho que foi o casamento da sua irmã que me deixou assim.

  Sentiu ele sorri enquanto beijava o topo da sua cabeça.

_Se quiser podemos fazer nossos votos de casamento. Podemos nos casar de novo.
_Não, esquece. – Limpou o rosto, erguendo-o para olhar para ele – Muito obrigada, estava precisando desse carinho. Agora vamos dormir.

   No escuro ficou pensando, iria contar depois para ele. Sabia que em Victor sempre acharia um porto seguro.

Continua... 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Cap. 74






   Luciana estava próxima ao balcão na cozinha, falando com alguém pelo telefone. Sentiu um peso atrás de si. Victor estava lhe abraçando por trás.

_Meu amor... Eu estou sem palavras.
_Espera Vih... – Voltou a falar com a pessoa que estava do outro lado da linha – Vou ter que desligar... Vem mesmo? Ok te espero. Beijos.

   Desligou o telefone, Victor virou-a rapidamente, abraçando-a forte se entregando ao momento enquanto as lagrimas caíam.

_Que surpresa mais que perfeita. Bem que desconfiei você toda esquisita esses dias.
_Do que está falando, Victor?
_Disso.

  Ergueu o papel, estava emocionado. O sorriso de Luciana se desfez.

_Não Vih...
_Eu sei! Era uma surpresa, você queria o momento especial, mas nessas situações, não existe momento especial, amor – Segurou o rosto dela, depositando um selinho – Vou amá-lo assim como amei desde o principio quando soube que a Gabi e a Mari iriam vir ao mundo.
_Victor, espera – Foi interrompida por mais um beijo.
_Estou nervoso, mas com uma esperança enorme. Será que vem um menino? – Acariciou a barriga dela.
_Já chega Victor! – Alterou a voz, tirando a mão dele do ventre.
_Eu sei... Já está nervosa por causa dos sintomas...
_Esse exame não é meu! – Esbravejou.

   O silêncio permaneceu ali por longo segundos. Victor engoliu seco, as lagrimas cessaram.

_Poxa Morena, eu pensei que...
_Pensou errado! Não, não estou grávida. Esse exame é de uma paciente minha. – Colocou a mão na cabeça, estava nervosa por causa daquela confusão toda. – E quem mandou mexer na minha bolsa?
_Desculpa, mas ela caiu e estava aberta. – Ficaram se olhando em silêncio por alguns segundos. – Eu... Vou resolver umas coisas.
_Vem cá – O puxou para abraçá-lo – Eu sei que é isso o que quer, mas tenta entender meu lado. Por favor.
_Tá. – Se desvencilhou dos braços dela, se afastando.
_Agora vai tomar um banho que hoje a Tati vem jantar aqui.

   Victor subiu calado, triste. Dentro do banheiro deixou aquela água correr pelo seu corpo enquanto apoiava as mãos na parede. Entre ele e Luciana existia compatibilidade em quase tudo, mas desde alguns meses atrás que quando o assunto era gravidez surgiam os atritos, o choque opinião, as desavenças. Após a cena na cozinha, não tinha coragem de encará-la, não naquela noite. Estava arrasado, triste. Talvez a companhia da cunhada fosse alegrar aquela noite, assim ele pensou.

   Desceu para o studio, ficou revendo algumas composições, decidindo o que iria para o repertório e o que iria para o novo CD. Alguém bateu na porta, autorizou. Leo entrou:

_Estava pensando em você.
_Para?
_Precisamos rever algumas musicas, levar para a gravadora e ver quais entrarão no novo CD... – Parou de falar para olhar o irmão – A Tati vem jantar aqui hoje.
_Eu sei. Ela me chamou para vir aqui, as duas estão lá na cozinha preparando o jantar. Coisas de mulheres.

   Com o irmão, Victor esquecia dos problemas e focavam no trabalho. Em alguns minutos parou, suspirando ao lembrar de tudo.

_Que foi, nego véio?
_Nada. Esquece.
_Se precisar desabafar estou aqui.
_Obrigado. Vamos continuar.

   O tempo passou rápido, Tatianna os chamou para jantar. Chegaram na sala e Victor percebeu que Luciana também não o olhava, agora estava arrumada, um pouco mais elegante. Sentou-se do seu lado, mas puxava papo com Tatianna.

   Durante o jantar o clima estava mais calmo, Luciana olhava para Victor, estava tudo bem. Em um momento, após os assuntos pautados na mesa não servirem mais, Tatianna segurou uma das mãos de Leo.

_Eu tenho algo para te contar.
_Pode ser em público? – Olhou para Luciana e Victor.
_Sim.
_Tati, se você quiser pode usar meu escritório.
_Obrigada, Lucy, mas logo todos irão saber.

  Victor alternava o olhar para cada um na mesa. Sua esposa e a cunhada sorriam com um brilho nos olhos.

_Bom, eu... Lembra que te disse que tentaríamos?
_Caramba Tati, falamos isso sobre tantas coisas.
_Mas tem algo em especial que você sabe...

   Tatianna colocou o papel nas mãos de Leo. Um choque percorreu em Victor ao lembrar-se vagamente daquele papel. Aos poucos foi se familiarizando e apenas observou a cena. Leo analisou, já estava com um brilho nos olhos quando voltou o olhar a esposa.

_É sério?
_Uhum. – Encostou o rosto no ombro dele.
_Amor eu... Você...
_Sim, Leo. Acho que dessa vez nossa menininha vem.

   Leo levantou-se puxando Tatianna e abraçando. As lágrimas caíam livremente, ela também estava chorando, não muito, pois já havia se emocionado bastante quando Luciana havia lhe entregado o exame. Victor não conseguiu sequer se mover, estava olhando para a mesa, sentindo uma angustia grande. Não queria ser egoísta, mas era para ele estar no lugar do irmão, era para ser a felicidade dele horas atrás quando abordou a esposa na cozinha. Luciana levantou-se e abraçou os dois.

_Felicidades. Eu fiquei tão emocionada quando soube.
_Eu sei cunhadinha. A Tati já tinha me dito que você estava ajudando-a nisso. – Limpou o canto do olho – Agora me digam como fizeram sem eu perceber.

  As duas sorriram.

Luciana: _A Tati me falou quando voltei de Veneza. Coletei o sangue dela e fui lá ao laboratório do hospital já que ela não quer que ninguém saiba por enquanto.
Leo: _Caramba! Vou ser pai mais uma vez! – Falou alto enquanto abraçava Luciana e a erguia do chão.
Tatianna: _Assim você vai matar a Luciana.

   Ouviram Victor se levantar bruscamente da mesa. Aproximou-se de Tatianna, abraçando-a e em seguida fazendo o mesmo com o irmão.

_Parabéns, que ele ou ela venha cheio de saúde. Com licença.

  Subiu para o quarto. Leo olhou para a escada, estranhando.

_Me desculpem vocês dois, nós tivemos um desentendimento antes de chegarem.
_Relaxa Lucy. – Olhou para Tatianna – Acho que isso merece uma comemoração quando chegarmos em casa.
_Nem pensem nisso. – Luciana o interrompeu. – Marquei com ela amanhã na minha clinica. Pelo o que ela me disse já podemos fazer uma ultrassom para saber se está tudo bem com o pequeno ou a pequena.

   Leo e Tatianna ainda ficaram mais um pouco, tiraram algumas duvidas com Luciana. Estavam empolgados, felizes. Após saírem, Luciana subiu para o quarto, achou Victor lendo um livro.

_Precisava dar aquele show, Victor?
_Eu não fiz nada.
_Claro que fez. Tive que inventar que tínhamos brigado para o Leo não se magoar com a cena ridícula que você fez!
_Não seria uma cena ridícula se tivesse me contado que aquela droga de exame era da Tatianna! – Alterou a voz.
_Seria injusto você saber primeiro que o Leo.
_Acha injusto isso, mas não o que estou passando. – Colocou o livro de lado – Você finge não ver, põe uma venda invisível nos olhos, mas eu sei Luciana, sei que está evitando de todas as maneiras para não engravidar!
_Não – Colocou as mãos no cabelo, impaciente. – Não vamos tocar nesse assunto de novo, Victor!
_Agora eu vou falar – Levantou-se – Estou cansado de ver você ditar as regras, Luciana! Chega, o que aconteceu hoje foi a cena mais ridícula que presenciei e o pior é saber que você não quer, mas eu ainda acredito no pouco de esperança que me resta.
_Isso não vai levar em nada. – Foi até o closet – Desisto de te entender.

   Trocou de roupa e foi para cama. Estava com muita raiva de Victor, não por ele falar quase todos os dias sobre ter mais filhos, mas sim por ter feito aquilo durante o jantar. Virou-se para lhe encarar:

_Espero que reflita sobre o que fez com seu irmão. Ele e a Tati não merece isso.
_Com eles eu ainda consigo me redimir do erro. Estou feliz, mas com você... Acho que vai ser difícil, Luciana. – Levantou-se da cama.

   Estava próximo a porta quando Luciana sentou na cama:

_Só por causa de um capricho, Victor?
_Se é assim que você chama, pense como quiser.

   Saiu do quarto com a mente viajando. Naquele momento, prometeu a si mesmo que não iria tocar mais no assunto com Luciana. Pegou o celular e ligou para o irmão.

_Oi.
_Te acordei?
_Não. Estava vendo algumas coisas aqui. Fala aí nego véio.
_Me desculpa pelo o que fiz. Vocês não mereciam isso, estavam tão felizes e acabei estragando essa felicidade.
_Esquece. Está tudo bem?
_Posso dizer que agora sim.
– Respirou fundo – A Luciana às vezes me tira do sério.
_Te entendo. – Sorriu – Tati também, mas quem disse que casamento é fácil? Falamos isso, mas não conseguimos viver sem elas.
_Pois é – Acomodou-se mais na cadeira. – Enfim, era sobre isso que eu te liguei. Marca aí um jantar na sua casa, precisamos ter uma comemoração digna porque essa de hoje foi um lixo. – Os dois riram
_Ok. Vou desligar, Tati está me chamando.
_Dá um abraço nela por mim.

  Victor desligou o celular pensativo, de cabeça baixa não percebeu Luciana se aproximando.

_Estou feliz por isso. – Apontou para o celular – Sinto que agora o Leo deve estar feliz, ele é muito apegado a você.
_Eu sei. – Respondeu sério.

  Luciana se aproximou, ficando entre as pernas dele, passou a mão no cabelo, o acariciando. Suspirou.

_Queria tanto que você entendesse Vih.

   Victor estava relutando para não se entregar e perdoar Luciana, mas era algo muito forte. Segurou a cintura dela, fazendo-a sentar no seu colo.

_Porque não quer?
_Não é isso Vih, – Respirou profundamente – claro que quero. Não posso ver uma gestante na minha sala que fico sonhando. Eu quero que dessa vez seja combinado, nada de surpresas, nada de sustos, mas não quero pensar demais no assunto ou vou acabar pirando. Você sabe que é difícil, não sou mais aquela jovem que só de ver uma cueca já engravida. – Sorriram com a piada – Tenho medo de te proporcionar esse mundo e descobrir que não vou conseguir. Poxa, já temos duas vidinhas, deveríamos estar satisfeitos porque tem gente que está há tanto tempo querendo ter apenas um e não consegue.

   Encostou o rosto no peito dele, fechando os olhos quando sentiu as mãos de Victor em suas costas.

_Eu sei meu anjo, te entendo. – Beijou o topo da cabeça dela – Se não tentarmos, como vamos saber?
_Vamos fazer o seguinte: Que tal esperar essa gestação da Tati passar?
_Não, vai demorar muito.
_Mas pensa comigo, duas grávidas na família. Sua mãe vai ficar louca.
_Não vai, aquela ali adora.
_Mesmo assim, vamos deixar eles com esse momento feliz, depois pensamos no assunto.
_Como quiser.
_Ótimo, agora vem dormir.

   Levantou-se o levando consigo. De mãos dadas subiram para o quarto. Enquanto Luciana dormia em seus baços Victor estava pensativo. Agira de maneira errada, pensou mais em si do que no próximo e esse próximo era seu irmão e sua cunhada. Não iria deixar isso acontecer novamente, prometeu para si esquecer aquele assunto e entregar nas mãos de Luciana, quando ela quisesse, iria acontecer. Entre tantos pensamentos, adormeceu.

   Acordou com a claridade, as cortinas ainda tentavam esconder aquele sol maravilhoso, mas vez outra uma frestinha aparecia. Virou-se de lado, admirando e zelando o sono de Luciana. Ela dormia tranquilamente, não cansava de admirá-la. Sentindo que alguém estava observando-a, Luciana abriu os olhos, deixando-os semicerrado, sorrindo levemente.

_Bom dia. – Tocou-lhe o rosto.
_Oi meu anjo. Dormiu bem?
_Acho que sim. – Ficou encarando o teto, pensativa – Está tudo bem?
_Agora posso dizer que sim.

   Victor levantou-se, indo fazer sua higiene. Luciana ainda ficou um pouco na cama, de olhos fechados, aproveitando ao máximo aquele dia de folga.

_Acorda dorminhoca.
_Só mais cinco minutos, amor.
_Nem pensar. Está um dia lindo lá fora, vamos para a piscina, depois iremos à fazenda.

   Após muito custo, Luciana levantou-se, tomou um banho para despertar, logo colocando o biquíni. Aquela manhã passou rápido, Gabriela não desgrudava de Victor, que a ensinava a mergulhar. Luciana ficou com Mariana na borda da piscina. Percebeu que sua filha mais nova era mais calma, tranquila, enquanto a mais velha não parava um minuto sequer.

   Após o almoço todos foram para a fazenda, ele amava esse clima: As crianças correndo livremente, Luciana sentada na varanda, sorridente ao lado de Lourdes. Aproximou-se estendo a mão para ela.

_Vamos dar uma volta.
_Mas e as meninas?

_Eu cuido delas, Luciana. Pode ir – Garantiu Lourdes.

   Passearam de mãos dadas como faziam antigamente, um silêncio prazeroso, pois cada um estava imaginando como seria o futuro, se ainda ficariam juntos, se permaneceriam naquela cidade. Pararam no lago, Victor a puxou para um abraço forte e demorado. Amava sentir o cheiro dela, aquele perfume, o cheiro cítrico no cabelo por conta do shampoo que ela usava.

_Estive pensando. – Afastou-se um pouco para olhar para ela, passou os braços pela cintura, puxando-a mais para si – Melhor deixar como está.
_Do que está falando?
_Ah – Olhou para o horizonte – Estamos tão bem com a Gabi e a Mari. Não quero forçar a barra com você, quero viver mais momentos como esse, como hoje, quero ser feliz, somente isso.
_Que tal deixarmos na mão do destino? O que vier será lucro.
_Agora quem quer ter um filho é você? – Olhou assustado.
_Sei lá. Ajudando a Tati esses meses me deu uma vontade, não vou mentir. Vou deixar esse plano de lado, o que tiver de ser, será.

  Beijou-a intensamente, segurando forte sua nuca.

_Já te falei hoje que te amo?
_Que eu saiba não Victor.

  Aproximou os lábios no ouvido dela, sussurrando:

_Eu te amo, minha vida. Amo tudo em você, agradeço sempre a Deus por ter te colocado no meu caminho.

  Luciana apertou a cintura dele com as mãos.

_Melhor parar com isso, ou teremos que fazer sexo aqui mesmo.
_O quarto nos espera, Senhora Chaves.
_À noite eu prometo que te retribuo todo esse carinho. Agora vamos ver o que nossas vidinhas andam aprontando.  – Deram as mãos, dando alguns passos – Ah e sim, eu também te amo.

  Não podiam negar que estavam em uma ótima fase, mesmo com algumas desavenças, Victor e Luciana se entendiam bem. O amor entre eles sempre falava mais alto.

Continua...